O valor da avaliação referencial

A obra acabou, o estoque está com produtos excedentes e os itens de MRO (Manutenção, Reparos e Operações) já não são adequados ao seu tipo de negócio — o que fazer com maquinário, frotas e peças paradas dentro da empresa? 

Soluções de desinvestimento ainda não são tão populares para grande parte das companhias, afinal, no momento de adquirir uma frota, por exemplo, pouco se planeja sua futura desmobilização.

No entanto, projetos especializados têm grande potencial para escoar materiais a outros fins e recuperar capital. 

É nesse momento que entra a avaliação referencial. As empresas  buscam soluções de desinvestimento para projetar investimento, recuperação e manutenções; fazer atualização contábil e, claro, vender.

Segundo Marcelo Bartolomei Pinheiro, diretor técnico do Superbid, quando um ativo perde a produtividade nos processos de uma empresa, deve-se iniciar, junto à avaliação técnica, o projeto de desinvestimento:

“O momento econômico do mercado, a ser analisado nos fatores de avaliação, irá desenhar o cenário real da recuperação, alinhar as correções de depreciações contábeis e balizar novos investimentos”.

Na avaliação referencial, o especialista não vai simplesmente a campo fotografar o maquinário e tampouco se baliza pela depreciação convencional, mas gera um estudo que envolve defasagem tecnológica, instalações, estado geral, aplicações, assistência técnica, reposição de peças, desmontagem e montagem, logística e sazonalidades.

Para iniciar um estudo de avaliação referencial, precisamos entender o desinvestimento como um projeto, para isso algumas questões são fundamentais para definição das ações:

  • Qual a expectativa de prazo para o projeto?
  • Foram analisados todos os cenários de negociação para a venda?
  • As possibilidades de utilização foram esgotadas?
  • Quais os impactos operacionais deste planejamento?

“É até simples para um especialista saber o preço de uma máquina para reposição, o difícil é mensurar o impacto dentro do processo de venda. Diante do modelo de venda, prazos e análise destes fatores é que podemos definir preços e identificar potenciais compradores”, explica Marcelo.

O diretor ainda acrescenta que alguns pontos são imprescindíveis, como a existência de um comprador para ativo específico, o modelo de pagamento, o processo de retirada, quem são concorrentes diretos, entre outros fatores. “Todos os cenários devem ser bem avaliados”, diz.

A avaliação referencial entra quando empresas  buscam soluções de desinvestimento para recuperação, manutenções, atualização contábil e, claro, venda.

A metodologia geral empregada na avaliação do ativo é baseada em normas e publicações do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia e, se for avaliação de imóveis, da Comissão de Valores Mobiliários. Em caso de equipamentos e desativações , a experiência é fundamental para composição dos números.

O método mais comum no mercado é o comparativo, que abrange o custo atual para repor um determinado bem com as mesmas características técnicas e operacionais, considerando os custos diretos e indiretos necessários à sua instalação.

Para maior precisão nos valores, especialmente no processo de liquidação, deve-se observar bem o desvio padrão das ofertas, pois diante da região e das complexidades de fornecedores para alguns processos, o resultado esperado pode ser alterado significativamente.

É com base nesta experiência em avaliação que as soluções de desinvestimento são propostas, por isso, o Superbid é também uma empresa que tem como negócio a avaliação da informação.

Não existem fórmulas pré-definidas que tragam valores exatos, mas experiência , conhecimento de processos e referências poderão garantir tomadas de decisões inteligentes para os gestores.

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